Rodolfo Castro: o pior contador de histórias do mundo
Rodolfo Castro: o pior contador de histórias do mundo
Rodolfo Castro no Auditório da Praça da Notabilidade.
No dia 17 de fevereiro deslocou-se a Castanheira de Pera o contador de histórias Rodolfo Castro, integrado no Projeto Inter-concelhio entre Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos e Pedrogão Grande.
O "Pior Contador de histórias", como o próprio Rodolfo Castro se intitula, realizou duas sessões para as crianças do 1.º ciclo e 5.º ano.
No período da manhã realizou-se a sessão para os alunos do 1.º, 3.º e 5.º ano de escolaridade e no período da tarde para os alunos do 2.º e 4.º ano. A interação entre o contador de histórias e alunos foi fantástica, a criatividade e expressividade foram as tónicas dominantes em todas as sessões, existindo sempre uma grande empatia e interação entre todos.
Manhã no Auditório: as crianças muito atentas e divertidas na assistência.
Todos foram participando com entusiasmo!
O livro esteve sempre presente, mas como suporte e não como um fim em si mesmo. Os alunos gostaram muito, pois as histórias iam ao encontro dos seus gostos e das suas vivências.
À tarde, Rodolfo Castro deslocou-se à biblioteca escolar do 1.ºCEB:
as histórias desenrolavam-se, umas a seguir às outras...
O diálogo constante e apelo permanente à participação dos alunos gerou um clima de partilha na construção das histórias, sentindo-se os alunos, também eles contadores de histórias.
A Prof.ª Lília Lopes, o Prof. Carlos Clemente e os alunos seguiram,
fascinados, a arte de contar histórias de Rodolfo Castro.
O som mais ouvido durante as sessões foram as gargalhadas e sorrisos.
A atividade foi muito divertida e enriquecedora para as crianças, que comentavam entre si: «o pior contador de histórias…foi o melhor contador de histórias que já ouvi!»
Depois, à tarde, pelas 16h00, Rodolfo Castro realizou um Laboratório de Contadores de Histórias, uma ação de formação para professores bibliotecários, profissionais de biblioteca, educadores de infância e professores e outros profissionais ligados à Educação, no Auditório da Praça da Notabilidade, como sensibilização para técnicas de leitura e formação de novos leitores.
Todos seguiram com muito interesse as sugestões pedagógicas de Rudolfo Castro.
Deste laboratório, destacam-se algumas das ideias principais:
Como ler:
- Ler em voz alta é ler não para os outros, mas com os outros.
- Deve-se atrair a atenção dos ouvintes.
- Cativam-se os ouvintes com gestos adequados à leitura e sons.
- Os alunos devem estar dentro da história, devem ser participantes / intervenientes.
Três passos para a leitura em voz alta:
- Deve-se ler e estudar previamente o que se vai ler em público;
- Deve-se sonorizar as palavras, dando-lhes uma intenção dramática;
- Deve-se ensaiar a leitura e a sua dramatização.
Depois de dar sugestões de exercícios de exploração de um texto com os alunos, Rodolfo Castro lançou alguns desafios:
- Deve-se acreditar no que se está a ler (e não ler, por ler).
- Para promover nos alunos uma atitude positiva em relação à leitura, há que repensar os espaços de leitura nas salas de aula, e mesmo nas bibliotecas...
No final da ação de formação, todos manifestaram alegria e apreciação pela ação de formação frequentada e a admiração pela excelência do contador de histórias e formador Rodolfo Castro. E tiveram a oportunidade de adquirir o livro "A Intuição Leitora, A Intenção Narrativa", da Editora GATAfunho, onde os temas da formação são aprofundados.
Este livro encontra-se disponível para requisição na BE.