Tem piada...
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Biblioteca Escolar do Agrupamento de Escolas Dr. Bissaya Barreto - Castanheira de Pera
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Um cartoon, cartune (Portugal) ou cartum (Brasil) é um desenho humorístico acompanhado ou não de legenda, de caráter extremamente crítico retratando de uma forma bastante sintetizada algo que envolve o dia-a-dia de uma sociedade.
O significado original da palavra cartoon é mesmo "estudo", ou "esboço", e é muito utilizada nas artes plásticas. O termo cartoon (cartão), tem a sua origem no termo italiano cartone (pedaço de papel) que era aplicado aos moldes recortados ou perfurados em cartão resistentes, usados para transpor e marcar os desenhos nas obras de arte de grande porte, como murais ou tapeçarias. O mesmo termo era usado para denominar um pequeno projeto em escala, desenhando em cartão para ser reproduzido e depois ampliado.
A expressão, com o sentido que tem hoje, nasceu em 1841 nas páginas da revista PUNCH , a mais antiga revista de humor do mundo ainda em circulação. O príncipe Albert encomendara a seus artistas uma série de cartoons para novos murais do Palácio de Westminster; os projetos dos artistas reais, expostos, foram alvo das críticas e da mordacidade do povo inglês, e a revista PUNCH resolveu os seus próprios cartoons, parodiando a iniciativa da Corte.
O nome pegou, e em quase todas as línguas a palavra cartoon, nesse sentido, não tem equivalente: franceses, alemães, italianos, todos mantêm a grafia original do inglesa. Em Portugal, "cartoon" já tem correspondência na nossa língua: cartune e (no Brasil) cartum. Assim como o substantivo cartunista.
[Vide Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea, da Academia das Ciências de Lisboa, Grande Dicionário da Porto Editora, Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa e Aurélio.]
Este tipo de desenho é ainda considerado uma forma de comédia e mantém o seu espaço na imprensa escrita atual.
In SergeiCartoons, Wikipédia, Ciberdúvidas
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“A unidade da revolta está nesta frase:
Je suis Charlie. Somos um só”
Aos pés da estátua que representa a vitória e a liberdade, quase duas mil pessoas replicaram em Lisboa o protesto que se faz ouvir a nível mundial. "Je suis Charlie" foi o cartaz bandeira e democracia a palavra de ordem.
O ilustrador Nuno Saraiva já distribuiu quase todos os cartazes que fotocopiou na sede do Ar.Co, em Lisboa. Ergue o seu cartaz e junta-se à manifestação a que decidiu ir com a família, incluindo a filha, a sua “mais bela ilustração”, diz. Esta semana, justamente, deu início a um workshop sobre cartoon político no Ar.Co. O tema que tinha destinado aos seus alunos seria um “Sócrates ou um Ricardo Salgado”. Agora o tempo a desenhar será inteiramente dedicado ao Charlie Hebdo.
“Para mim, Charlie Hebdo é Charlie Mensuel. Era uma revista de banda desenhada que publicou os melhores artistas de BD nos meados dos anos 70. No pós-25 de Abril, o meu pai começou a comprar tudo o que era proibido, a revista tinha uns laivos de erotismo, e aquilo para mim foi uma grande influência, nomeadamente o [Georges] Wolinski.” Depois do choque, veio a reacção: “A minha vontade era usar as minhas armas: afiar o lápis e enfiar-lhes fundo. Ou pegar numa resma de papel e jogar-lhes na cabeça. Mas prefiro usar essas ferramentas para desenhar.” Como a maioria das cerca de 2000 pessoas que compareceram à chamada aos Restauradores, o cartaz com letras brancas sobre fundo preto onde se lê “Je suis Charlie” resume aquilo que juntou esta gente nesta noite: “A unidade da revolta está nesta frase, 'Je suis Charlie': somos um só”.
O encontro marcado para a Praça dos Restauradores para o final da tarde desta quinta-feira, convocado através da rede social Facebook, partiu dos jornalistas da AFP em Lisboa. Jerôme Pin, jornalista, abordou o tema com os colegas, queria em Lisboa um protesto como aquele que se espalhava em várias partes do mundo, sob o lema “Je suis Charlie”. Patrícia de Melo Moreira, fotojornalista, criou o evento no Facebook, que passado algumas horas passaria de privado a público para poder chegar a mais gente e unir-se a outras iniciativas que entretanto estavam em marcha, como a da Associação dos Jornalistas Estrangeiros. "'Je suis Charlie' é estar a favor de uma liberdade de expressão, que ela continue, e para a qual eu trabalho todos os dias. E os jornalistas têm sido brutalmente atacados nos últimos tempos”, diz ao PÚBLICO.
08/01/2015
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