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BE Castanheira de Pera

Biblioteca Escolar do Agrupamento de Escolas Dr. Bissaya Barreto - Castanheira de Pera

Almeida Garrett (1799-1854)

02.06.16

 Almeida Garrett (1799 - 1854)

 

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João Baptista da Silva Leitão de Almeida Garrett e mais tarde 1.º Visconde de Almeida Garrett (Porto, 4 de fevereiro de1799 — Lisboa, 9 de dezembro de 1854), foi um escritor e dramaturgo romântico, orador, par do reino, ministro e secretário de estado honorário português.

 

Grande impulsionador do teatro em Portugal, uma das maiores figuras do romantismo português, foi ele quem propôs a edificação do Teatro Nacional de D. Maria II e a criação do Conservatório de Arte Dramática.

 

Uma boa biografia: 

 

 

 

 

Para leres as obras literárias de Almeida Garrett em formato digital, consulta a Biblioteca Digital Almeida Garrett da Biblioteca Nacional de Portugal ou clica na imagem:

 

Biblioteca Almeida Garrett

 

 

 

Vitorino Nemésio (1901 - 1978)

02.05.16

Vitorino Nemésio (1901 - 1978)

 

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Vitorino Nemésio Mendes Pinheiro da Silva nasceu no dia 19 de Dezembro de 1901 na Praia da Vitória, nos Açores.
Este foi um poeta, escritor intelectual de origem açoriana que se destacou como romancista, autor de Mau Tempo no Canal, e professor na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Vitorino Nemésio, em 1916, fundou a revista literária “Estrela d’Alva” e em 1921, foi redator dos jornais “A Pátria”, “A Imprensa de Lisboa” e “Última Hora”, em Lisboa.
 
Conclui o liceu em Coimbra e ingressou na Faculdade de Direito, em 1922, e no ano seguinte começou a colaborar na revista “Bizâncio” de Coimbra. Nesse mesmo ano conheceu Unamuni em Salamanca, quando pela primeira vez, viajou para Espanha, com o Orfeão Académico.
 
 

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 Vitorino Nemésio em 1925.

 
 
 
Abandonou o curso de Direito em 1924 e matriculou-se na Faculdade de Letras, em Ciências Histórico-Geográficas.
 
Fundou a revista “Tríptico” com a ajuda de algumas pessoas e  em 1925 optou definitivamente pelo curso de Filologia Românica e foi nesse ano que surgiu o jornal “Humanidade”, um quinzenário de Estudantes de Coimbra, tendo sido Vitorino Nemésio o seu redator principal. Em 1926 fundou e dirigiu com Paulo Quintela, Cal Brandão e Sílvio Lima, o jornal “Gente Nova”, um jornal republicano académico e a partir de 1928 passou a colaborar na revista “Seara Nova”. 
 
Em 1930 colaborou na revista “Presença”, com textos poéticos e transferiu-se para a Faculdade de Letras de Lisboa, começando a pesquisa sobre Herculano, que o ocupou até ao fim da vida.
 
Lecionou Literatura Italiana e também Literatura Espanhola. Em 1934, doutorou-se em Letras, com “A Mocidade de Herculano até à Volta do Exílio”.
 
Em 1937 fundou e dirigiu a “Revista de Portugal”, em Coimbra e no mesmo ano, partiu para a Bélgica, onde lecionou na Universidade Livre de Bruxelas durante dois anos, regressando depois a Portugal, em 1939, para lecionar na faculdade de Letras de Lisboa.
 
Foi editada a primeira edição de “O Mau Tempo no Canal”, em 1944, que recebeu o Prémio Ricardo Malheiros da Academia das Ciências, no ano seguinte.
 
 

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 A 1.ª edição de "Mau Tempo no Canal".

 

 

 
Começou a viajar para o Brasil e lecionou lá, tornando-se também durante um período de dois anos, diretor da Faculdade de Letras de Lisboa.
 
Em 1965 foi doutorado honoris causa pela Universidade Paul Valery, de Montpellier, e no mesmo ano recebeu o Prémio Nacional de Literatura, pelo conjunto da sua obra.
 
A 12 de Dezembro de 1971, pronunciou a sua “Última Lição” na Faculdade de Letras de Lisboa, onde lecionara durante quase quarenta anos.
 
Em 1974 recebeu o Prémio Montagine, da Fundação Freiherr von Stein/Friedrich von Schiller, de Hamburgo. Vitorino tem as suas obras traduzidas em italiano, francês, inglês, alemão, entre outras. 
 
Vitorio Nemésio faleceu em Lisboa, em 20 de fevereiro de 1978, e foi sepultado em Coimbra. Nesse ano, foi publicado o primeiro estudo em livro que lhe é consagrado: “Vitorino Nemésio, a Obra e o Homem”.
 
Podes assistir à série de programas televisivos de Vitorino Nemésio "Se bem me lembro..." e outros vídeos, na Coleção Vitorino Nemésio do Arquivo RTP (clica na imagem abaixo para seres direcionado/a para lá):
 
 

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NB: Texto editado pela Equipa BE.
 

 

Salgueiro Maia (1944 - 1992)

25.04.16

Salgueiro Maia (1944 - 1992)

 

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 Salgueiro Maia em Lisboa, na Revolução do 25 de abril de 1974.

 

 

Militar português, Fernando José Salgueiro Maia nasceu em 1 de julho de 1944, em Castelo de Vide, e morreu a 4 de abril de 1992, no Hospital Militar de Belém (Lisboa). 

 

Filho de um ferroviário, Francisco da Luz Maia, e de sua mulher, Francisca Silvéria Salgueiro, frequentou a Escola Primária em São Torcato, Coruche, fixando-se subsequentemente em Tomar; concluiu o ensino secundário no Liceu Nacional de Leiria (hoje Escola Secundária Francisco Rodrigues Lobo), ingressando, em outubro de 1964, na Academia Militar, em Lisboa.

 

Acabado o curso, Salgueiro Maia foi colocado na Escola Prática de Cavalaria (EPC), em Santarém, para frequentar o tirocínio (estágio). Na mesma instituição, ascendeu a comandante de instrução e integrou uma companhia dos comandos na Guerra Colonial como alferes-comando em Moçambique.


Já com o posto de capitão, na madrugada de 25 de abril de 1974, dirigiu as tropas revolucionárias de Santarém até Lisboa, tornando-se uma das figuras-chave do golpe. Tomou os ministérios do Terreiro do Paço e o quartel da Guarda Nacional Republicana, no Carmo, onde estava refugiado o chefe do Governo, Marcello Caetano, que se lhe rendeu. Assim se deu a queda do Estado Novo.

 

A revolta militar foi desencadeada pelo Movimento das Forças Armadas (MFA), que derrubou o regime praticamente sem o emprego da força e sem provocar vítimas. Os dois únicos momentos de tensão foram protagonizados pelo próprio Salgueiro Maia: o primeiro foi o encontro com um destacamento de blindados, até então obediente ao Governo, resolvido quando estas tropas tomaram posição ao lado dos revoltosos; o outro ocorreu quando o capitão mandou abrir fogo sobre a parede exterior do quartel da GNR. 

 

Depois da revolução, viria a licenciar-se em Ciências Políticas e Sociais, no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, em Lisboa. Retomando modestamente o rumo da sua carreira militar, o capitão Salgueiro Maia recusou as honrarias que o regime democrático lhe quis atribuir. Todos os anos é recordada a sua coragem e a sua determinação aquando das comemorações do 25 de abril.

 

 

 

 

In Infopédia Wikipédia

 

O nome dele era Prince e uma parte do "funk" morreu

22.04.16

 

O nome dele era Prince e uma parte do funk morreu

 

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Estrela musical e autor de títulos tão emblemáticos como "Purple rain" e "When doves cry" foi encontrado morto em sua casa, em Minneapolis, aos 57 anos.

 

"My name is Prince, and I am funky / My name is Prince, the one and only", apresentava-se no seu single My Name is Prince, de 1992. O ícone musical Prince morreu esta quinta-feira aos 57 anos, desaparecendo assim um dos mais profícuos autores das últimas décadas não só enquanto cantor mas também autor, instrumentista e performer. Um dos mais influentes artistas desde a década de 1970, é autor de Kiss, Little red Corvette, Purple rain ou When doves cry, alguns dos temas que marcam a sua história, durante a qual chegou a ser símbolo – literalmente  – img-1011837-simbolo-do-prince-galeriae a ser O Artista Anteriormente Conhecido como Prince, uma de várias facetas da sua crítica aos mecanismos da fama, da indústria e da tecnologia.

 

(...)

 

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Para Pedro Abrunhosa, o Prince "era um multi-instrumentista notável" –, frisa a importância de Minneapolis para Prince e a importância de Prince para Minneapolis, cuja "cena musical é fascinante" e de onde é também oriundo Bob Dylan. "Tem uma grande tradição de música negra mas também uma grande tradição da música branca. Prince cruza essas vertentes. E é o James Brown e o Jimi Hendrix num só."

 

Para Paulo Furtado, também conhecido como The Legendary Tigerman, "foi o único músico da sua geração que compreendeu a essência da soul, do funk e de toda a música afro-americana". Fê-lo, acrescenta, "com uma capacidade de reformulação e de reinvenção impressionantes, como ainda mais ninguém fez": "A influência dele no mundo moderno e na música de hoje é enorme e é uma pena que tenha morrido tão cedo e com tanto ainda para dar." Abrunhosa concorda, falando da forma como Prince "reinventa o blues e o o funk", como "o som da bateria, as linhas de baixo, a maneira de tocar guitarra" e, em suma, da "maneira imensa como Prince vivia a música".

 

 

 

 

 

Prince Rogers Nelson nasceu em 1958 em Minneapolis. O pai era pianista e compunha canções, a mãe era cantora de jazz. Começou a trabalhar no final da década de 1970 e em 1984 lançou "Purple Rain" – uma afirmação criativa tripla. É um tema-chave dos anos 1980, o álbum que o impulsionou para o sucesso no mainstream e ainda o filme homónimo de Albert Magnoli que marca também a estreia de Prince como actor no cinema. Esse filme deu a Prince o seu único Óscar, de Melhor Banda Sonora Original, em 1985. Realizaria vários dos seus vídeos e alguns filmes, muitos dos quais no quinto estúdio de Paisley Park, como relata Pedro Abrunhosa. Em 1993 mudava o seu nome legalmente para um símbolo, mas mais tarde reverteria essa decisão e voltaria a ser conhecido como Prince.

 

Ao longo da sua carreira editou 39 álbuns, a solo ou com a New Power Generation (anos 1990) ou as 3rd Eye Girl (década de 2010), dos quais dois editados em 2015 – "HITnRUN Phase One" e "Two". Vendeu mais de cem milhões de discos. Recebeu sete Grammys e foi integrado no Rock and Roll Hall of Fame em 2004. Foi casado duas vezes, perdeu um filho ainda bebé e tornou-se Testemunha de Jeová e vegan. Apesar de ser cioso da sua privacidade são-lhe conhecidos vários romances com estrelas. Tinha acabado de anunciar que iria publicar as suas memórias em 2017. É uma incógnita o que sucederá agora com a obra.

 

Joana Amaral Cardoso in Publico.pt/culturaipsilon

 NB: Texto editado pela Equipa BE.