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BE Castanheira de Pera

Biblioteca Escolar do Agrupamento de Escolas Dr. Bissaya Barreto - Castanheira de Pera

BE Castanheira de Pera

Biblioteca Escolar do Agrupamento de Escolas Dr. Bissaya Barreto - Castanheira de Pera

Dia Mundial da Alimentação - 16 de outubro de 2020

16.10.20

A cultura popular através dos seus provérbios tem resposta para tudo e todos.

Relacionados com a Alimentação também não poderiam faltar. Compilámos alguns:

“Com papas e bolos, se enganam os tolos.”

“Pela boca morre o peixe.”

“Contra a fome não há pão bolorento.”

“Em casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão.”

“A verdade e o azeite andam sempre ao de cima.”

“O frango de hoje é preferível ao galo de amanhã.”

“Macaco quando não pode comer banana, diz que ela está verde.”

“Não se fazem omeletas sem quebrar ovos.”

“Guarda o que comer, não guardes o que fazer.”

“Ter mais olhos que barriga.”

“Quem não trabuca não manduca.”

“Quem não come por ter comido, não tem doença de perigo.”

“O relógio é uma bela invenção para lembrar a hora da refeição.”

“Não se vive para comer, come-se para se viver.”

“A ventre farto o mel amarga.”

“Azeitona com pão alvo é comida de fidalgo.”

“Pão quente: muito na mão e pouco no ventre.”

“Quem me dá um ovo... não me quer ver morto.”

De papas e arroz o pegado é o melhor.”

“Feijão é esteio da casa.”

“A missa e o pimento são fraco alimento.”

“Diz-me o que comes, dir-te-ei quem és.”

Podes ajudar a completar esta lista com as tuas sugestões.

Envia/apresenta as tuas propostas na Biblioteca Escolar ou para o email: biblioteca@aecp.edu.pt

FLII - Festival Literário Internacional do Interior 2020 - João Morgado

09.10.20

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João Morgado nasceu em 1965, em Aldeia do Carvalho, Covilhã, Portugal.

Poeta e romancista, é doutorando em Comunicação na Universidade da Beira Interior, onde se licenciou, tem um mestrado em Estudos Europeus na Universidade de Salamanca, Espanha, e uma pós-graduação em Marketing Político pela Universidade Independente / Universidade de Madrid. É membro do Centro de Investigação Professor Doutor Joaquim Veríssimo Serrão.

Foi distinguido com a Grã-Cruz da Ordem do Mérito Cívico e Cultural, oficializada pela República Federativa do Brasil, pelo seu trabalho de investigação sobre Pedro Álvares Cabral.  Recebeu ainda o Troféu “Cristo Redentor” pelo seu trabalho em prol da cultura luso-brasileira, entregue pela Academia de Letras e Artes de Paranapuã – Rio de Janeiro.

Trabalhou como operário têxtil e jornalista. Actualmente, é consultor de comunicação nos meios empresariais e políticos.

Hoje, 09/10/2020, vai estar na Biblioteca Escolar do Agrupamento de Escolas Dr. Bissaya Barreto, no âmbito do FLII (Festival Literário Internacional do Interior 2020), com as turmas do 9.º ano de escolaridade.

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Prémio Nóbel da Literatura 2020

08.10.20

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Anunciou a Academia Sueca, esta quinta-feira, 08/10/2020,  que a poeta norte-americana Louise Glück venceu o Prémio Nobel da Literatura 2020.

O júri atribuiu o galardão a Louise Glück, de 77 anos, para assinalar a sua "voz poética inconfundível, que com beleza austera, faz universal a existência individual" e acrescenta ainda que é uma dos "poetas mais proeminentes da literatura americana contemporânea".

O nome da autora nascida em 1943, em Nova Iorque, não estava na lista dos principais candidatos este ano, mas Glück tem um longo percurso nas letras dos EUA. Já venceu o Prémio Pulitzer (conquistado em 1993 com a obra "The Wild Iris"), e outros galardões, como a Medalha Nacional de Artes e Humanidades.

Atualmente a viver em Cambridge, Massachussetts (EUA), é também professora de Inglês na Universidade de Yale.

Estreou-se em 1968, com "Firstborn" e publicou já doze coleções de poesia - como "The Garden" (1976), "Vita nova" (1999), "Averno" (2006) e "Faithful and Virtuous Night", a mais recente obra poética, de 2014 e que lhe valeu o prémio National Book Award, nos Estados Unidos - e alguns volumes de ensaios sobre poesia.

Glück não tem obra publicada em Portugal, mas está representada na coletânea "Rosa do Mundo - 2001 Poemas para o Futuro", da Assírio & Alvim (2001), com o poema "O Poder de Circe".

Louise Gluck torna-se na sétima mulher a ser distinguida este século e a 16.ª, desde 1901, entre as 117 pessoas a quem foi atribuido o Nobel da Literatura.

Paisagem/3.

Nos fins do outono uma rapariga deitou fogo
a um trigal. O outono

fora muito seco; o campo
ardeu como palha.

Depois não sobrou nada.
Se o atravessávamos, não víamos nada.

Nada havia para colher, para cheirar.
Os cavalos não compreendem –

Onde está o campo, parecem dizer.
Como tu ou eu a perguntar
onde está a nossa casa.

Ninguém sabe responder-lhes.
Não sobra nada;
resta-nos esperar, a bem do lavrador,
que o seguro pague.

É como perder um ano de vida.
Em que perderias um ano da tua vida?

Mais tarde regressas ao velho lugar –
só restam cinzas: negrume e vazio.

Pensas: como pude viver aqui?

Mas na altura era diferente,
mesmo no último verão. A terra agia
como se nada de mal pudesse acontecer-lhe.

Um único fósforo foi quanto bastou.
Mas no momento certo – teve de ser no momento certo.

O campo crestado, seco –
a morte já a postos
por assim dizer. 

(Terceira parte do poema Paisagem, que integra o livro Averno, 2006. Tradução de Rui Pires Cabral, publicada em 2009 no n.º 12 da revista Telhados de Vidro, editada pela Averno)

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