Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

BE Castanheira de Pera

Biblioteca Escolar do Agrupamento de Escolas Dr. Bissaya Barreto - Castanheira de Pera

BE Castanheira de Pera

Biblioteca Escolar do Agrupamento de Escolas Dr. Bissaya Barreto - Castanheira de Pera

A Caça à Baleia

08.06.15

A Caça à Baleia

 

caca-baleia.jpg

  

Sobreexplorar, enganar, esgotar. O ciclo da ganância que apoia a indústria mundial da caça à baleia fez com que as populações de baleias, uma atrás da outra, desaparecessem. Ainda não se sabe se algumas das espécies poderão alguma vez recuperar, mesmo após décadas de proteção.

 

As estatísticas dizem tudo. As baleias-azuis da Antártida contam com menos de 1% do seu efetivo original, apesar dos 40 anos de completa proteção. Algumas populações de baleias estão a recuperar, mas outras não. Pensa-se que apenas um grupo, o das baleias-cinzentas do Pacífico Oriental, recuperou a sua abundância original, mas a população congénere de baleias-cinzentas do Pacífico Ocidental é a que se encontra em maior risco de extinção no mundo. Está à beira da extinção, com apenas pouco mais de 100 exemplares. 

 

Consumo, contaminação, catástrofes

 

A caça à baleia já não é a única ameaça para as baleias. Os oceanos, ou melhor, os impactos humanos sobre os oceanos, alteraram-se dramaticamente ao longo dos quarenta anos de proteção das baleias. As ameaças ambientais para as baleias que são conhecidas incluem o aquecimento global, a poluição, a sobrepesca, a destruição da camada de ozono, os ruídos como o do arsenal de sonares e os choques com navios. A pesca industrial ameaça as reservas de alimento das baleias e coloca igualmente as baleias em risco de emaranhamento nos respetivos equipamentos.

 

img162.jpg

Imagens do Grindadrap, tradicional ritual de matança de baleias-piloto
das Ilhas dinamarquesas Faroe, que ocorre todas as primaveras.

 

 

Se pensas comer carne de baleia, pensa duas vezes – em algumas áreas, a gordura das baleias mortas está tão contaminada com organoclorados como PCBs e pesticidas que poderia ser classificada como resíduo tóxico! Sabe-se que os organoclorados prejudicam o desenvolvimento das crianças e afetam a reprodução.

Apesar destas ameaças acumuladas, um número crescente de nações da Comissão Internacional da Baleia (CIB) votam pelo reinício imediato da caça comercial à baleia. Alguns dos novos e empenhados membros da CIB são o Benim, o Gabão, Tuvalu e Nauru. Obviamente, o novo número de membros e as votações não refletem uma alteração na opinião pública mundial. Esses países foram todos aliciados a aderirem à CIB e a votarem de acordo com o que é designado pela Agência de Pesca do Japão como “programa de consolidação do voto”. 

 

O ministro de Agricultura e Pesca do Japão demonstrou que está disposto a manter a caça de baleias no Oceano Pacífico Norte, apesar de uma recente sentença do Tribunal Internacional de Justiça que determinou a suspensão da prática na Antártida. 

 

Segundo a agência "Kyodo", o responsável pelas políticas pesqueiras, Yoshimasa Hayashi, disse que a sua pasta defenderá este programa para "preservar a cultura de comer baleia e garantir o abastecimento da carne do animal", sempre que a ação for sustentável para as populações desses mamíferos.

 

caca_baleia_07.jpg

 

O país já garantiu que cumprirá a decisão do Tribunal, que em 31 de março ordenou o fim de seu programa de pesca com "objetivos científicos" no oceano Antártico por considerar que tal finalidade não estava de acordo com a legislação internacional.

 

Grandes Expectativas

 

As expectativas de recuperação das populações de baleias têm sido baseadas na suposição de que, à exceção da caça comercial à baleia, o seu habitat nos oceanos é tão seguro quanto era há uma centena de anos atrás. Infelizmente, esse pressuposto já não é válido. É por isso que acreditamos que todas as formas de caça comercial à baleia devem ser definitivamante abandonadas.

 

 

info08.jpg

 

(Clica no infográfico para o aumentares) 

 

 

In Greenpeace Portugal e Globo1 Natureza

NB: Texto adaptado para o português europeu e segundo o Novo Acordo Ortográfico.